Após três meses de peregrinação pelas comunidades, a Cia. de Santo Reis Luz Divina celebra o final do ‘giro’ com a tradicional ‘festa de chegada’, no Sítio dos Padres, em Várzea Paulista.
Ao assistir os encontros das companhias de Folia de Reis na Praça da Bíblia, em Várzea Paulista, o público se emociona e fica encantado com a beleza do evento, mas para os praticantes, a essência da folia está no ‘giro’, nome dado à peregrinação desde seu ponto inicial (a festa de saída) até o ponto terminal (a festa de chegada - também conhecida como arremate). “No ‘giro’, a Folia de Reis se apresenta por inteiro. Entre o ponto inicial e a festa de chegada, fica manifestada a organização, a parte artística, cultural, a religiosidade e também o caráter social”, explica Osmar Pereira, atual festeiro da Cia. de Santo Reis Luz Divina, que cultua a tradição há 25 anos em Várzea Paulista e demais cidades da região.
A representação, a cantoria, o período de jornada - o giro -, entre outras características, variam de acordo com cada região sem que haja alteração na essência dessa tradição, já que a dramaticidade, independente do lugar, rememora a viagem de Melquior, Baltazar e Gaspar - os três Reis Magos - e cultua o Menino Jesus. Em Várzea Paulista o ‘giro’ adianta-se e estende-se além do período de 24 de dezembro a 6 de janeiro - o tradicional Dia de Reis.
A peregrinação da Cia. de Santo Reis Luz Divina durou três meses, realizando o giro entre 8 de outubro e 8 de janeiro. A ‘Festa de Chegada’ aconteceu no dia 21 de janeiro (sábado), no Sítio dos Padres. Nesse dia a companhia se dirigiu até a casa onde estava pousando a bandeira do Santo Reis e seguiram em procissão até o local da festa, onde fizeram o canto nos três arcos e após terminar a cantoria dentro do salão, finalizaram a chegada com uma oração do terço no altar. A partir daí foi servida a comida para todos os presentes.
A participação dos varzinos
As Festas de Santos Reis sempre fizeram parte das comunidades varzinas, mas foi a partir de 2005 que ganharam apoio da prefeitura, entrando para o calendário cultural da cidade. “Este apoio cultural do governo de Várzea Paulista vem sendo muito importante para que a Folia de Reis continue viva nas próximas gerações. As pessoas passaram a conhecer e participar mais desta rica cultura popular, abrindo suas casas para receberem os foliões ou participando das peregrinações e dos encontros anuais de companhias. Prova disso, são as arrecadações de prendas, superadas a cada ano”, destaca o festeiro Osmar.
Os moradores devotos incentivam e ajudam como podem. São famílias que abrem as portas de suas casas oferecendo hospitalidade aos integrantes. São costureiras reservando um pouco do tempo para confeccionar as indumentárias. São artistas doando suas artes à cultura dos ‘Santos Reis’. Enfim, a Cia. Luz Divina recebe apoio de varzinos devotos e simpatizantes de várias formas.
Normalmente, a participação das pessoas se dá por promessa e devoção aos Santos Reis. Nas visitas, os festeiros cantam à saúde, pedem proteção e, através de bênçãos, desejam o melhor para todos os moradores de cada casa visitada. Em contrapartida há o simbolismo da troca, quando recebem donativos para realização da Festa de Chegada, que marca o encerramento do ‘giro’ da companhia. O evento costuma reservar mesa farta de comidas e bebidas aos familiares, convidados e componentes do grupo folião.
Os componentes da companhia
A Cia de Santo Reis Luz Divina foi para o giro em 2011 com os seguintes componentes: Osmar e Dalva Pereira - festeiros; Hélio e Ribas - mestres; Cláudio e Osvaldo - contramestres; Adair e Rogério - caixeiros; Cida e Neide - bandeireiras; Chico, Osvaldo e Jandira - palhaços; Rose e Terezinha - escrivãs (quem escreve as prendas) e nas vozes Graciano, Agenor, Zé Rodrigues, Zé Continente, Eva, Heitor, Fernandinho, Valdecir e João Seresta, que também são instrumentistas da companhia.
STOCK DE FOTOS *fotos de Eder Jr
Ao assistir os encontros das companhias de Folia de Reis na Praça da Bíblia, em Várzea Paulista, o público se emociona e fica encantado com a beleza do evento, mas para os praticantes, a essência da folia está no ‘giro’, nome dado à peregrinação desde seu ponto inicial (a festa de saída) até o ponto terminal (a festa de chegada - também conhecida como arremate). “No ‘giro’, a Folia de Reis se apresenta por inteiro. Entre o ponto inicial e a festa de chegada, fica manifestada a organização, a parte artística, cultural, a religiosidade e também o caráter social”, explica Osmar Pereira, atual festeiro da Cia. de Santo Reis Luz Divina, que cultua a tradição há 25 anos em Várzea Paulista e demais cidades da região.
A representação, a cantoria, o período de jornada - o giro -, entre outras características, variam de acordo com cada região sem que haja alteração na essência dessa tradição, já que a dramaticidade, independente do lugar, rememora a viagem de Melquior, Baltazar e Gaspar - os três Reis Magos - e cultua o Menino Jesus. Em Várzea Paulista o ‘giro’ adianta-se e estende-se além do período de 24 de dezembro a 6 de janeiro - o tradicional Dia de Reis.
A peregrinação da Cia. de Santo Reis Luz Divina durou três meses, realizando o giro entre 8 de outubro e 8 de janeiro. A ‘Festa de Chegada’ aconteceu no dia 21 de janeiro (sábado), no Sítio dos Padres. Nesse dia a companhia se dirigiu até a casa onde estava pousando a bandeira do Santo Reis e seguiram em procissão até o local da festa, onde fizeram o canto nos três arcos e após terminar a cantoria dentro do salão, finalizaram a chegada com uma oração do terço no altar. A partir daí foi servida a comida para todos os presentes.
A participação dos varzinos
As Festas de Santos Reis sempre fizeram parte das comunidades varzinas, mas foi a partir de 2005 que ganharam apoio da prefeitura, entrando para o calendário cultural da cidade. “Este apoio cultural do governo de Várzea Paulista vem sendo muito importante para que a Folia de Reis continue viva nas próximas gerações. As pessoas passaram a conhecer e participar mais desta rica cultura popular, abrindo suas casas para receberem os foliões ou participando das peregrinações e dos encontros anuais de companhias. Prova disso, são as arrecadações de prendas, superadas a cada ano”, destaca o festeiro Osmar.
Os moradores devotos incentivam e ajudam como podem. São famílias que abrem as portas de suas casas oferecendo hospitalidade aos integrantes. São costureiras reservando um pouco do tempo para confeccionar as indumentárias. São artistas doando suas artes à cultura dos ‘Santos Reis’. Enfim, a Cia. Luz Divina recebe apoio de varzinos devotos e simpatizantes de várias formas.
Normalmente, a participação das pessoas se dá por promessa e devoção aos Santos Reis. Nas visitas, os festeiros cantam à saúde, pedem proteção e, através de bênçãos, desejam o melhor para todos os moradores de cada casa visitada. Em contrapartida há o simbolismo da troca, quando recebem donativos para realização da Festa de Chegada, que marca o encerramento do ‘giro’ da companhia. O evento costuma reservar mesa farta de comidas e bebidas aos familiares, convidados e componentes do grupo folião.
Os componentes da companhia
A Cia de Santo Reis Luz Divina foi para o giro em 2011 com os seguintes componentes: Osmar e Dalva Pereira - festeiros; Hélio e Ribas - mestres; Cláudio e Osvaldo - contramestres; Adair e Rogério - caixeiros; Cida e Neide - bandeireiras; Chico, Osvaldo e Jandira - palhaços; Rose e Terezinha - escrivãs (quem escreve as prendas) e nas vozes Graciano, Agenor, Zé Rodrigues, Zé Continente, Eva, Heitor, Fernandinho, Valdecir e João Seresta, que também são instrumentistas da companhia.
STOCK DE FOTOS *fotos de Eder Jr
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