Comissão aprova projeto que garante atendimento especial a bebês com deficiência intelectual

O autor da proposta, deputado estadual Marcos Damasio (PR), comemora aprovação pela Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR). O PL segue agora para avaliação dos membros da CDD.  




O Projeto de Lei 441/2016, de autoria do deputado estadual Marcos Damasio (PR),  defende a criação de uma estrutura de atendimento especial, de caráter educacional, assistencial e multidisciplinar, para crianças de até três anos de idade com deficiência intelectual ou múltipla, genética ou adquirida, e em especial às que possuem microcefalia.
Estrutura semelhante para este público já está disponível, por meio de convênios com entidades, para crianças acima desta idade, mas especialistas da área defendem que quanto antes a criança for estimulada, na chamada estimulação precoce, melhor o desenvolvimento neuropsicomotor e qualidade de vida para o bebê e sua família.
A aprovação pela Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR) da Assembleia Legislativa de São Paulo, na tarde da quarta-feira (dia 10 de agosto) foi o primeiro passo para que a proposta do parlamentar republicano se torne lei. O projeto segue agora para avaliação dos membros da Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana, da Cidadania, da Participação e das Questões Sociais (CDD).
O vice-líder da bancada do PR na ALESP, deputado Marcos Damasio, justifica que de 2015 para cá, milhares de casos de microcefalia registrados pelo País, evidenciaram a necessidade dessa rede de atendimento aos bebês e seus familiares. “É imprescindível que os bebês que nasçam com graves problemas neurológicos tenham atenção especial desde o início de suas vidas e fico feliz de ver que os meus amigos parlamentares têm esta mesma visão”, defende o autor do projeto.
Não é doença
Não devemos confundir doença com limitação, que é o caso da Deficiência Intelectual. As pessoas com essa limitação devem receber acompanhamento médico e estímulos, através de trabalhos terapêuticos com psicólogos, fonoaudiólogos e terapeutas ocupacionais. O acompanhamento busca reforçar e favorecer o desenvolvimento das potencialidades e proporcionar o apoio necessário às suas dificuldades, garantindo seu bem-estar e inclusão na sociedade.
Identificando as limitações
As famílias normalmente procuram diagnosticar quando percebem algumas características diferentes das outras crianças, como: demora em firmar a cabeça, sentar, andar, falar; não compreende as ordens que lhe são dadas; ou tem dificuldade para aprender alguma atividade, principalmente na escola. O processo desse diagnóstico é minucioso, já que envolve a compreensão de fatores genéticos, sociais e ambientais, que devem ser feitos, sempre que possível, por equipes multidisciplinares compostas por médicos, psicólogos e assistentes sociais.
A equipe médica é responsável por investigar a história clínica familiar e pela realização de exames neurológicos e morfológicos; o psicólogo aplica testes e provas; e o assistente social avalia a realidade familiar e social em que a criança vive e como isso pode influenciar no seu desenvolvimento.

Osvaldenir Stocker

Fonte: release da assessoria de imprensa do deputado Marcos Damasio, assinado pela jornalista Vera Marcolino.



Comentários