O pedido para sair do Comitê Central do PCC foi confirmado nesta terça-feira (19) por meio de artigo do líder cubano.
Fidel Castro (84) ocupava o principal cargo político do sistema comunista. Ele era o primeiro secretário do Comitê Central do PCC (Partido Comunista de Cuba). No texto do artigo é confirmada sua renúncia e justificada sua ausência no novo Comitê Central, eleito nesta segunda-feira (18), durante o 6º Congresso do partido.
Já em março o ex-presidente havia sugerido em artigo publicado que este cargo deveria ser ocupado pelo presidente do país. Se for seguida a sugestão do eterno líder cubano, o poder continua na família: o presidente Raúl Castro passa a ocupar o cargo que pertenceu ao irmão Fidel desde 1965, quando o partido foi criado. Raúl sempre foi o segundo secretário no Comitê Central.
Esperamos que ao final do Congresso, nesta terça-feira (19), os resultados apontem para fortes renovações no Comitê Central e também no Bureau Político, marcando maior representatividade de mulheres e equilíbrio racial.
Sangue novo
O mundo inteiro espera que a velha guarda revolucionária seja substituída, que o congresso eleja uma nova liderança para o principal órgão político de Cuba e que comece a se desenhar um novo capítulo na história do país.
Em artigo publicado na capa do Granma, o ex-presidente Fidel Castro disse: 'a nova geração está sendo chamada a retificar e alterar sem hesitação tudo que deve ser retificado e alterado, e a continuar demonstrando que o socialismo é também a arte de fazer o impossível acontecer.'
São os os mesmos "dinossauros" cubanos que irão conduzir este processo de renovação e realizar o impossível para Fidel é: "construir e provocar a revolução dos pobres, pelos pobres e para os pobres, e defendê-la por meio século da mais poderosa potência militar que já existiu". Será que ele está falando dos Estados Unidos?
Ao assistir algumas imagens do seminário, tive a oportunidade de vê-los cantando a 'Internacional'. Confesso que ao ouvir o hino do proletariado mundial, sempre fico emocionado. Coloquei a letra ao final desta matéria. Após a carta de fidel.
E Viva El Cuba!?
A CARTA DE FIDEL CASTRO NA ÍNTEGRA:
HINO DA INTERNACIONAL COMUNISTA
De pé, oh vítimas da fome
De pé, famélicos da terra
Da idéia o povo já consome
A crosta bruta que a soterra
Cortai o mal bem pelo fundo
De pé, de pé, não mais senhores
Se nada somos em tal mundo
Sejamos tudo, oh produtores
Messias, Deus, Chefes Supremos
Nada esperamos de nenhum
Unamos forças e tornemos
A terra-mãe, livre e comum
Para não termos protestos vãos
Para sairmos deste antro estreito
Façamos nós por nossas mãos
Tudo o que a nós nos diz respeito
Crime de rico a lei encobre
O Estado esmaga o oprimido
Não há direitos para o pobre
Ao rico tudo é permitido
À opressão não mais sujeitos
Somos iguais a todos os seres
Não mais deveres, sem direitos
Não mais direitos, sem deveres
Abomináveis na grandeza
Os reis da mina e da fornalha
Edificam tal riqueza
sobre o suor de quem trabalha
O produto de quem sua
A corja rica o recolheu
Querendo que ele o restitua
O povo só quer o que é seu.
Fomos do fumo embriagados
Paz entre nós, guerra aos senhores
Façamos greve de soldados
Somos irmãos trabalhadores
A corja vil e cheia de galas
Nos quer a força, canibais
Logo verá que as nossas balas
São para os nossos generais
Somos o povo dos ativos
Trabalhador forte e fecundo
Pertence a terra aos produtivos
Oh parasita, deixa o mundo
Oh parasita que te nutres
Do nosso sangue a gotejar
Se nos faltarem os abutres
Não deixa o sol de fulgurar
Bem unidos façamos
Desta luta a final
De uma terra sem amos
A Internacional.
Fidel Castro (84) ocupava o principal cargo político do sistema comunista. Ele era o primeiro secretário do Comitê Central do PCC (Partido Comunista de Cuba). No texto do artigo é confirmada sua renúncia e justificada sua ausência no novo Comitê Central, eleito nesta segunda-feira (18), durante o 6º Congresso do partido.
Já em março o ex-presidente havia sugerido em artigo publicado que este cargo deveria ser ocupado pelo presidente do país. Se for seguida a sugestão do eterno líder cubano, o poder continua na família: o presidente Raúl Castro passa a ocupar o cargo que pertenceu ao irmão Fidel desde 1965, quando o partido foi criado. Raúl sempre foi o segundo secretário no Comitê Central.
Esperamos que ao final do Congresso, nesta terça-feira (19), os resultados apontem para fortes renovações no Comitê Central e também no Bureau Político, marcando maior representatividade de mulheres e equilíbrio racial.
Sangue novo
O mundo inteiro espera que a velha guarda revolucionária seja substituída, que o congresso eleja uma nova liderança para o principal órgão político de Cuba e que comece a se desenhar um novo capítulo na história do país.
Em artigo publicado na capa do Granma, o ex-presidente Fidel Castro disse: 'a nova geração está sendo chamada a retificar e alterar sem hesitação tudo que deve ser retificado e alterado, e a continuar demonstrando que o socialismo é também a arte de fazer o impossível acontecer.'
São os os mesmos "dinossauros" cubanos que irão conduzir este processo de renovação e realizar o impossível para Fidel é: "construir e provocar a revolução dos pobres, pelos pobres e para os pobres, e defendê-la por meio século da mais poderosa potência militar que já existiu". Será que ele está falando dos Estados Unidos?
Ao assistir algumas imagens do seminário, tive a oportunidade de vê-los cantando a 'Internacional'. Confesso que ao ouvir o hino do proletariado mundial, sempre fico emocionado. Coloquei a letra ao final desta matéria. Após a carta de fidel.
E Viva El Cuba!?
A CARTA DE FIDEL CASTRO NA ÍNTEGRA:
Conocía el informe del compañero Raúl al Sexto Congreso del Partido.
Me lo había mostrado varios días antes por su propia iniciativa, como hizo con muchos otros asuntos sin que yo lo solicitara, porque había delegado, como ya expliqué, todos mis cargos en el Partido y el Estado en la Proclama del 31 de julio de 2006.
Hacerlo era un deber que no vacilé un instante en cumplir.
Sabía que mi estado de salud era grave pero estaba tranquilo, la Revolución seguiría adelante; no era su momento más difícil después que la URSS y el Campo Socialista habían desaparecido. Bush estaba en el trono desde el 2001 y tenía designado un gobierno para Cuba pero una vez más, mercenarios y burgueses se quedaron con las maletas y baúles en su dorado exilio.
Los yankis, además de Cuba, tenían ahora otra Revolución en Venezuela. La estrecha cooperación entre ambos países pasará también a la historia de América como ejemplo del enorme potencial revolucionario de los pueblos con un mismo origen y una misma historia.
Entre los muchos puntos abordados en el proyecto de Informe al Sexto Congreso del Partido, uno de los que más me interesó fue el que se relaciona con el poder. Textualmente expresa: “…hemos arribado a la conclusión de que resulta recomendable limitar, a un máximo de dos períodos consecutivos de cinco años, el desempeño de los cargos políticos y estatales fundamentales. Ello es posible y necesario en las actuales circunstancias, bien distintas a las de las primeras décadas de la Revolución, aún no consolidada y por demás sometida a constantes amenazas y agresiones.”
Me agradó la idea. Era un tema sobre el que yo había meditado mucho. Acostumbrado desde los primeros años de la Revolución a leer todos los días los despachos de las agencias de noticias, conocía el desarrollo de los acontecimientos en nuestro mundo, aciertos y errores de los Partidos y los hombres. Abundan los ejemplos en los últimos 50 años.
No los citaré, para no extenderme ni herir susceptibilidades. Albergo la convicción de que el destino del mundo podía ser en este momento muy distinto sin los errores cometidos por líderes revolucionarios que brillaron por su talento y sus méritos. Tampoco me hago la ilusión de que en el futuro la tarea será más fácil, sino al revés.
Digo simplemente lo que a mi juicio considero un deber elemental de los revolucionarios cubanos. Mientras más pequeño sea un país y más difíciles las circunstancias, más obligado está a evitar errores.
Debo confesar que no me preocupé realmente nunca por el tiempo que estaría ejerciendo el papel de Presidente de los Consejos de Estado y de Ministros y Primer Secretario del Partido. Era además, desde que desembarcamos, Comandante en Jefe de la pequeña tropa que tanto creció más tarde. Desde la Sierra Maestra había renunciado a ejercer la presidencia provisional del país después de la victoria que desde temprano avizoré para nuestras fuerzas, bastante modestas todavía en 1957; lo hice porque ya las ambiciones con relación a ese cargo estaban obstruyendo la lucha.
Fui casi obligado a ocupar el cargo de Primer Ministro en lo meses iniciales de 1959.
Raúl conocía que yo no aceptaría en la actualidad cargo alguno en el Partido; él había sido siempre quien me calificaba de Primer Secretario y Comandante en Jefe, funciones que como se conoce delegué en la Proclama señalada cuando enfermé gravemente. Nunca intenté ni podía físicamente ejercerlas, aún cuando había recuperado considerablemente la capacidad de analizar y escribir.
Sin embargo, él nunca dejó de transmitirme las ideas que proyectaba.
Surge otro problema: la Comisión Organizadora estaba discutiendo el número total de miembros del Comité Central que debían proponer al Congreso. Con muy buen criterio, ésta apoyaba la idea sostenida por Raúl de que en el seno del Comité Central se incrementara la presencia del sector femenino y el de los descendientes de esclavos procedentes de África. Ambos eran los más pobres y explotados por el capitalismo en nuestro país.
A su vez, había algunos compañeros que, ya por sus años o su salud, no podrían prestar muchos servicios al Partido, pero Raúl pensaba que sería muy duro para ellos excluirlos de la lista de candidatos. No vacilé en sugerirle que no se excluyera a esos compañeros de tal honor, y añadí que lo más importante era que yo no apareciera en esa lista.
Pienso que he recibido demasiados honores. Nunca pensé vivir tantos años; el enemigo hizo todo lo posible por impedirlo, incalculable número de veces intentó eliminarme, y yo muchas veces “colaboré” con ellos.
A tal ritmo avanzó el Congreso que no tuve tiempo de transmitir una palabra sobre el asunto antes de que recibieran las boletas.
Alrededor del mediodía Raúl me envió con su ayudante una boleta, y pude ejercer así mi derecho al voto como delegado al Congreso, honor que los militantes del Partido en Santiago de Cuba me otorgaron sin que yo supiera una palabra. No lo hice mecánicamente. Leí las biografías de los nuevos miembros propuestos. Son personas excelentes, varias de las cuales había conocido en el lanzamiento de un libro sobre nuestra guerra revolucionaria en el Aula Magna de la Universidad de La Habana, en los contactos con los Comités de Defensa de la Revolución, las reuniones con los científicos, con los intelectuales y en otras actividades. Voté y hasta pedí fotos del momento en que ejercía ese derecho.
Recordé también que me falta bastante todavía de la historia sobre la Batalla de Girón. Trabajo en ella y estoy comprometido a entregarla pronto; tengo en mente además escribir sobre otro importante acontecimiento que vino después.
¡Todo antes de que el mundo se acabe!
¿Qué les parece?
Fidel Castro Ruz
Abril 18 de 2011
4 y 55 p.m.
HINO DA INTERNACIONAL COMUNISTA
De pé, oh vítimas da fome
De pé, famélicos da terra
Da idéia o povo já consome
A crosta bruta que a soterra
Cortai o mal bem pelo fundo
De pé, de pé, não mais senhores
Se nada somos em tal mundo
Sejamos tudo, oh produtores
Messias, Deus, Chefes Supremos
Nada esperamos de nenhum
Unamos forças e tornemos
A terra-mãe, livre e comum
Para não termos protestos vãos
Para sairmos deste antro estreito
Façamos nós por nossas mãos
Tudo o que a nós nos diz respeito
Crime de rico a lei encobre
O Estado esmaga o oprimido
Não há direitos para o pobre
Ao rico tudo é permitido
À opressão não mais sujeitos
Somos iguais a todos os seres
Não mais deveres, sem direitos
Não mais direitos, sem deveres
Abomináveis na grandeza
Os reis da mina e da fornalha
Edificam tal riqueza
sobre o suor de quem trabalha
O produto de quem sua
A corja rica o recolheu
Querendo que ele o restitua
O povo só quer o que é seu.
Fomos do fumo embriagados
Paz entre nós, guerra aos senhores
Façamos greve de soldados
Somos irmãos trabalhadores
A corja vil e cheia de galas
Nos quer a força, canibais
Logo verá que as nossas balas
São para os nossos generais
Somos o povo dos ativos
Trabalhador forte e fecundo
Pertence a terra aos produtivos
Oh parasita, deixa o mundo
Oh parasita que te nutres
Do nosso sangue a gotejar
Se nos faltarem os abutres
Não deixa o sol de fulgurar
Bem unidos façamos
Desta luta a final
De uma terra sem amos
A Internacional.
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