Amelinha Teles palestra para mulheres em Várzea Paulista

O encontro, promovido pelo Núcleo de Políticas para Mulheres de Várzea Paulista, debateu a violência contra a mulher e a Lei Maria da Penha



Se não houver nada que interrompa o caminho das ações, em 2.490 as mulheres poderão estar em pé de igualdade com os homens. Esta previsão das nações Unidas e demais pesquisas nacionais que apontam números assustadores de violência contra a mulher, entre variados temas da luta dos movimentos pelos direitos da mulher, fazem parte da literatura da escritora e pesquisadora Maria Amélia Teles, uma das idealizadoras da Lei Maria da Penha (11.340/06).

Amelinha Teles, como é conhecida a forte militante do Movimento pelos Direitos das Mulheres, esteve em Várzea Paulista na tarde da segunda-feira (20), participando do encontro ‘Violência contra a mulher e Lei Maria da Penha’, no Espaço Cidadania. O evento promovido em convênio com o governo federal faz parte do projeto ‘Apoio ao Núcleo de Políticas Públicas para Mulheres’. Participaram mulheres trabalhadoras do governo municipal, lideranças femininas da cidade com formação em educação popular e também um grupo de homens e mulheres da guarda municipal de Várzea Paulista.

“A violência contra a mulher está na mídia, nas empresas, nas escolas, nas famílias e muitos outros segmentos da sociedade. A maior parte das agressões está na relação íntima de afeto, envolvendo homens que convivem ou conviveram com as vítimas”, discorreu a palestrante Amelinha Teles. Sobre a desigualdade lembrou que mesmo o Brasil apresentando melhora significativa nos números do mercado de trabalho, a exclusão social e econômica em relação às mulheres ainda não foi atenuada em níveis satisfatórios. “Não nascemos desiguais e sim nos tornamos desiguais perante uma confirmação social do sexo”, completou.

A Mulher tem voz, violência não!

Antes do início da segunda parte do encontro, quando foram esclarecidos pontos da Lei Maria da Penha, o Coletivo de Mulheres de Várzea Paulista, encenou uma dramatização sobre o tema, mostrando que hoje a mulher tem uma lei que lhe dá voz para calar a violência. Seguindo este pensamento a palestrante reforçou que as políticas públicas voltadas para as mulheres são deficitárias não por falta de lei e sim pela falta de aplicação delas. “Daí a importância de mobilização para mudar este quadro. As mulheres precisam se conscientizar dos direitos que a lei lhes permite. Ainda há um número pequeno de atendimento na defensoria pública para atender a demanda e vemos que Várzea Paulista oferece instrumentos importantes como o CRAS e o CREAS, que são outros canais fundamentais”, reconhece Amelinha ao finalizar: “Este trabalho que fazemos hoje é para as futuras gerações”.

Mais informações sobre os encontros e reuniões do Coletivo de Mulheres de Várzea Paulista você obtém no Núcleo de Políticas para Mulheres da prefeitura.

Comentários

  1. Foi muito positivo a contribuição da militante Amelinha Teles na formação do coletivo de mulheres em Várzea Pta."Nós temos voz a violência não!!!
    Um abraço,
    Leila

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