A cultura de tradição popular em Várzea Paulista é referência regional e a ‘Roda’ tem certificação de cultura imaterial
O céu está cheio de estrelas, as pessoas vão se achegando e nas mãos trazendo aquelas delícias preparadas na cozinha de casa, especificamente, para mais uma noite de prosa no quintal de alguma casa, de algum bairro, de uma cidade que se chama Várzea Paulista. Enquanto a vasta mesa de madeira talhada vai ficando tomada de aipim, cuscuz, mandioca frita, pamonha, cueca-virada, bolinho de chuva, arroz doce, garrafas térmicas com chá, café, vinho quente e sucos, a roda vai se formando, as memórias vão se esquentando e as violas vão sendo afinadas para começar mais uma ‘Roda de Causos’.
Esta cena não faz parte de um conto imaginário e sim da realidade que acontece a cada mês na casa de um morador de Várzea Paulista. No tradicional encontro, é formada a ‘Roda de Causos’ e cada participante conta suas histórias com tantas riquezas de detalhes que podem ter acontecido mesmo. Bem, por mais absurda ou fantasiosa que pareça, sempre há alguém para confirmar a veracidade do “causo”.
Imagine você esta: “Faz uns dez anos, eu e uns amigos alugamos um ônibus e fomos pescar numa pequena cidade de Santa Catarina que costuma chover e ventar muito. Pegamos muito peixe, mas fiquei chateado por ter perdido o meu relógio na época. Era de estimação. Acredite se quiser: este ano voltamos lá e o relógio, que foi de meu avô, estava pendurado no galho de uma árvore e funcionando perfeitamente”. É claro que o motorista do ônibus que fez as duas viagens, estava na roda e confirmou o episódio. Se, aconteceu, não sei, mas enquanto alguém não provar que é mentira, o “causo” é verdadeiro.
O supervisor de Arte e Cultura da Prefeitura de Várzea Paulista, Eufraudísio Modesto, que coordena os encontros, explica que a ‘Roda de Causos’ não nasceu de um projeto e sim da vontade das pessoas. “As pessoas que participam da ‘Folia de Reis’ em Várzea Paulista são extraordinárias contadoras de “causos” e sempre formam uma roda para contar seus episódios na ocasião dos eventos. E foi da vontade destas pessoas que surgiu a idéia de resgatar esta cultura simples do interior”, lembra.
A cultura de resgate, preservação e propagação da tradição popular, faz de Várzea Paulista referência regional e entre os reconhecimentos, a ‘Roda’ recebeu do governo estadual, em 2009, a certificação de cultura imaterial. Ao final de cada encontro os participantes decidem na casa de quem será a próxima ‘Roda de Causos’. Se você também gosta de contar uns acontecidos, umas lorotas e de apreciar uma boa moda de viola, entre nesta roda. Ou se preferir participe do ‘Sarau’ toda última sexta-feira do mês no Espaço Cidadania.
“Era um dia uma vaca chamada Vitória; morreu a vaquinha, acabou-se a história”.
O Espaço Cidadania fica na Avenida Ipiranga, 151, centro, ao lado do Paço Municipal. Informações no Centro Cultural, telefone (11) 4595.4080.
STOCK DE FOTOS
O céu está cheio de estrelas, as pessoas vão se achegando e nas mãos trazendo aquelas delícias preparadas na cozinha de casa, especificamente, para mais uma noite de prosa no quintal de alguma casa, de algum bairro, de uma cidade que se chama Várzea Paulista. Enquanto a vasta mesa de madeira talhada vai ficando tomada de aipim, cuscuz, mandioca frita, pamonha, cueca-virada, bolinho de chuva, arroz doce, garrafas térmicas com chá, café, vinho quente e sucos, a roda vai se formando, as memórias vão se esquentando e as violas vão sendo afinadas para começar mais uma ‘Roda de Causos’.
Esta cena não faz parte de um conto imaginário e sim da realidade que acontece a cada mês na casa de um morador de Várzea Paulista. No tradicional encontro, é formada a ‘Roda de Causos’ e cada participante conta suas histórias com tantas riquezas de detalhes que podem ter acontecido mesmo. Bem, por mais absurda ou fantasiosa que pareça, sempre há alguém para confirmar a veracidade do “causo”.
Imagine você esta: “Faz uns dez anos, eu e uns amigos alugamos um ônibus e fomos pescar numa pequena cidade de Santa Catarina que costuma chover e ventar muito. Pegamos muito peixe, mas fiquei chateado por ter perdido o meu relógio na época. Era de estimação. Acredite se quiser: este ano voltamos lá e o relógio, que foi de meu avô, estava pendurado no galho de uma árvore e funcionando perfeitamente”. É claro que o motorista do ônibus que fez as duas viagens, estava na roda e confirmou o episódio. Se, aconteceu, não sei, mas enquanto alguém não provar que é mentira, o “causo” é verdadeiro.
O supervisor de Arte e Cultura da Prefeitura de Várzea Paulista, Eufraudísio Modesto, que coordena os encontros, explica que a ‘Roda de Causos’ não nasceu de um projeto e sim da vontade das pessoas. “As pessoas que participam da ‘Folia de Reis’ em Várzea Paulista são extraordinárias contadoras de “causos” e sempre formam uma roda para contar seus episódios na ocasião dos eventos. E foi da vontade destas pessoas que surgiu a idéia de resgatar esta cultura simples do interior”, lembra.
A cultura de resgate, preservação e propagação da tradição popular, faz de Várzea Paulista referência regional e entre os reconhecimentos, a ‘Roda’ recebeu do governo estadual, em 2009, a certificação de cultura imaterial. Ao final de cada encontro os participantes decidem na casa de quem será a próxima ‘Roda de Causos’. Se você também gosta de contar uns acontecidos, umas lorotas e de apreciar uma boa moda de viola, entre nesta roda. Ou se preferir participe do ‘Sarau’ toda última sexta-feira do mês no Espaço Cidadania.
“Era um dia uma vaca chamada Vitória; morreu a vaquinha, acabou-se a história”.
O Espaço Cidadania fica na Avenida Ipiranga, 151, centro, ao lado do Paço Municipal. Informações no Centro Cultural, telefone (11) 4595.4080.
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