Admiradores da cultura tradicional compareceram à Praça da Bíblia e apreciaram um grande “desfile de moda caipira” no sábado (16). Cerca de duas mil pessoas prestigiaram a tradicional festa das Companhias de Folias de Reis no domingo (17)
MISSA CAMPAL AO SOM DA ORQUESTRA DE VIOLEIROS FLOR DA VÁRZEA
Os encontros idealizados e organizados pelos fazedores de cultura da cidade, com apoio estrutural e promocional da prefeitura de Várzea Paulista, resgatam as culturas populares tradicionais, como a Folia de Reis e a música caipira com suas violas, histórias e “causos” do povo mais simples, mostrando que uma cidade se renova e se fortalece por meio da valorização de suas tradições. AO LADO A CIA. LUZ DIVINA
O envolvimento dos organizadores, participantes e do Departamento de Artes e Cultura da Secretaria Municipal de Educação, Cultura, Esporte e Lazer, são esforços somados que, além de manter viva a pura arte brasileira, estimulam às novas gerações em cada edição do evento, a música caipira de raiz, caso da jovem dupla Cristiano Carvalho e Rafael, que leva o som genuíno da viola e o nome de Várzea Paulista em todas as regiões brasileiras. “Temos satisfação em sermos parceiros de uma prefeitura que apóia a cultura popular. Viajamos o Brasil com a moda caipira e fazemos questão de levar o nome de Várzea Paulista e destacar esta festa linda, como aconteceu recentemente em Brasília, em um dos maiores encontros de violeiros do país”, destacou Cristiano Carvalho.
Um dos criadores da comemoração, Alcides Graciano, presidente do segmento ‘Folclórico e Festeiro de Rua’ no Conselho Municipal de Cultura, afirma que a cada edição a festa fica mais grandiosa. “A cada ano atingimos um público maior. É muito gratificante realizar aquilo que se gosta, conseguir o reconhecimento das pessoas e passar adiante a herança que tanto amamos”, declara emocionado ao ver que a participação de jovens aumentou.
Segundo o supervisor de Artes e Cultura, Eufraudísio Modesto, as expectativas foram superadas. “Este ano tivemos a participação acima da média. Estiveram presentes companhias da zona Leste de São Paulo, Minas Gerais, Caieiras, Jarinu, Campinas e várias outras da região. O mesmo aconteceu no sábado no Encontro de Violeiros. Os dois dias tiveram uma expectativa de público superior a 2.500 pessoas”, comemora.
Um desfile de moda caipira
CRISTIANO CARVALHO E RAFAEL ESTARÃO TAMBÉM NA ORQUIVÁRZEA
O público aqueceu o corpo com vinho quente, quentão e comidas típicas disponíveis nas barracas do evento e além de relembrar e cantar junto clássicos da música de raiz, conferiu belíssimas modas de autoria dos artistas, entre elas uma que conta o caso verídico de um jovem que se envolve com as drogas, sucesso nas vozes de ‘Os Canhoteiros do Brasil’, trio de Várzea Paulista que promove a cultura de raiz pelo Brasil. Um dos versos desta moda diz: “a droga é um caso sério, ou manda para a cadeia ou pára no cemitério”.
Outra história que comoveu os presentes foi “Mala Amarela”, que já é sucesso da dupla ‘Cristiano Carvalho e Rafael’. A moda conta a história do filho que parte de casa levando a mala do avô herdada pelo pai e volta sem a mesma, recebendo o desfecho emocionante em “A volta da Mala Amarela’, gravada no disco mais recente da dupla. Outro ponto alto do show de Cristiano Carvalho e Rafael, além de grandes clássicos da música caipira, foi a interpretação única que deram para ‘Cio da Terra’, de Chico Buarque e Milton Nascimento, e à jóia do folclore popular ‘Cuitelinho’. O público aplaudiu ainda ‘Refeição da Terra’, uma lindíssima moda de viola de autoria de ‘Cidinho’, que mostra o valor da terra, registrada em disco desta excelente dupla da música caipira.
A afinadíssima dupla, Renato e Renan, grande incentivadora para que a prefeitura promovesse este evento há seis anos, mostrou um repertório cheio de relíquias da moda de viola, entre elas ‘Alma Transparente’, sucesso nas vozes de Chico Rei e Paraná. A musicalidade da cultura de raiz tomou conta do encontro ainda com: Júlio e José; Peão Rochedo e Alaor; Duo Raio de Luar; Peão Mineiro e Diamantino; Buana Jhony; Éder e Lazinho; Dário e Dorival; Ribeiro e Ribeirinho e Heitor Viola e João Seresta. O público apreciou clássicos sertanejos, dos mais renomados artistas do gênero, entre eles: Tião Carreiro e Pardinho; Abel e Caim; Tonico e Tinoco; João Paulo e Daniel; Cacique e Carreirinho; Leo Canhoto e Robertinho; Alexandre e Ataíde e Teodoro e Sampaio.
A encenação do folclórico sagrado
Cerca de duas mil pessoas viajaram no tempo e no espaço da Fé e da alegria, silenciando e aperfeiçoando as atenções para este encantador ritual sagrado que reuniu 11 Companhias de Folias de Reis. A programação começou às 8h30 com a Missa Caipira Campal, celebrada pelo Padre Tom da Catedral Nossa Senhora do Desterro, que contou com a apresentação musical da Orquestra de Violeiros Flor da Várzea. Participaram do Encontro, além da anfitriã ‘Luz Divina’, as Companhias de Folia de Reis: Os visitantes de Belém; Caminho de Belém; Os Três Reis do Oriente; Centenário de Potirendara; Vóz do Oriente; Estrela Guia; Ases do Brasil; Filhos de Belém; Grupo Folclórico Campinense e São José Operário.
Público afinado com os eventos
O evento atraiu público de várias cidades da região, entre eles, José Soares de Oliveira, que veio de Caieiras com a esposa, Estelita, para prestigiar o evento. “Apreciamos muito uma boa moda de viola e é isso que estamos vendo aqui hoje. Os organizadores estão de parabéns. Está aprovado. Voltaremos todos os anos”, prometeu Oliveira.
A comerciante, Iracema Lopes, do Jardim Primavera, disse que o evento serve para distrair e reviver uma cultura que vem se perdendo no Brasil. “A verdadeira música sertaneja está morrendo. É muito importante que a Prefeitura promova este tipo de evento. Ao ouvir estas músicas esquecemos um pouco dos nossos dias corridos”, conta.
O casal, Delfina Rodrigues e Joel Pomaceno, assistiram às apresentações nos anos passados. Contam que elas trazem lembranças da infância e da adolescência. “É muito bonito ver que alguém ainda valoriza essas pequenas coisas que para nós significa muito”, diz Delfina. Para seu marido Joel, os atos representados o ajudam a matar a saudade de suas raízes. “Não perco essas festas por nada, eu adoro, sou muito saudosista e me orgulho de onde vim”, declara Joel.
Maria da Luz Alves prestigia o encontro das companhias desde sua primeira edição como forma de devoção ao Menino Jesus. Nem a cirurgia que debilitou seus movimentos a impediu de dançar com um dos foliões. “Sempre participei, não é por causa de um problema que eu ficaria em casa este ano”, diz dona Maria mensurando tamanho carinho que tem pela festa.
Izabel Cristina Pantalhão, há sete anos toca caixa na Companhia de Folia de Reis ‘Filhos de Belém’, de Jundiaí. Ela afirma ter enorme satisfação em participar de festas como esta. “É dessa forma que a população mantém viva a tradição folclórica e caipira do país. Podemos resgatar lembranças nas pessoas mais vividas e mostrar para o público mais jovem a cultura do folclore para que ela não morra”, alerta Izabel.
Autoridades comprometidas com a cultura popular
Para o prefeito Eduardo Tadeu Pereira, a parceria entre o Governo Municipal e os grupos de cultura popular do município foi bem sucedida. “Nosso objetivo era resgatar as manifestações culturais da nossa cidade e preservá-las, para que elas não se percam com o tempo. Esse evento, cheio de pessoas de Várzea Paulista e de outras cidades da região e Estados, é a prova de que obtivemos sucesso nessa missão e que esses movimentos continuarão vivos”, avalia. Eduardo, que acompanhou toda a missa de domingo (17), presenteou o Padre Tom da Catedral Nossa Senhora do Desterro, com o livro ‘Várzea Paulista, das Ferrovias às Orquídeas’.
Filho da “Cidade dos Três Reis Magos”
Dirce Reis é o nome de uma pequena cidade paulista, que marca sua identidade cultural como ‘A Cidade da Folia de Reis’. A história conta que no passado a moradora ‘Dirce’ foi atendida em uma promessa aos três Reis Magos, livrando-se de um mal, fato que deu nome ao município. É filho desta cidade o professor Luciano Braz Marques, secretário de Educação, Cultura, Esporte e Lazer da prefeitura de Várzea Paulista.
Trazendo, portanto, em sua essência os costumes e culturas da tradição popular do interior paulista, o secretário enfatiza a importância da promoção do evento, lembrando que além da cultura, a festa resgata o valor dos sentimentos do passado, de histórias, dos encontros em família, das festas populares. “É isso que sinto cada vez que participo destes eventos. Entre os mais de cem mil habitantes de Várzea Paulista há migrantes que cultuam os Santo Reis e que também trazem a cultura da música de raiz. Para ajudá-los a preservá-las a prefeitura apóia esta iniciativa da população”, esclarece.
MISSA CAMPAL AO SOM DA ORQUESTRA DE VIOLEIROS FLOR DA VÁRZEA
Os encontros idealizados e organizados pelos fazedores de cultura da cidade, com apoio estrutural e promocional da prefeitura de Várzea Paulista, resgatam as culturas populares tradicionais, como a Folia de Reis e a música caipira com suas violas, histórias e “causos” do povo mais simples, mostrando que uma cidade se renova e se fortalece por meio da valorização de suas tradições. AO LADO A CIA. LUZ DIVINA
O envolvimento dos organizadores, participantes e do Departamento de Artes e Cultura da Secretaria Municipal de Educação, Cultura, Esporte e Lazer, são esforços somados que, além de manter viva a pura arte brasileira, estimulam às novas gerações em cada edição do evento, a música caipira de raiz, caso da jovem dupla Cristiano Carvalho e Rafael, que leva o som genuíno da viola e o nome de Várzea Paulista em todas as regiões brasileiras. “Temos satisfação em sermos parceiros de uma prefeitura que apóia a cultura popular. Viajamos o Brasil com a moda caipira e fazemos questão de levar o nome de Várzea Paulista e destacar esta festa linda, como aconteceu recentemente em Brasília, em um dos maiores encontros de violeiros do país”, destacou Cristiano Carvalho.
Um dos criadores da comemoração, Alcides Graciano, presidente do segmento ‘Folclórico e Festeiro de Rua’ no Conselho Municipal de Cultura, afirma que a cada edição a festa fica mais grandiosa. “A cada ano atingimos um público maior. É muito gratificante realizar aquilo que se gosta, conseguir o reconhecimento das pessoas e passar adiante a herança que tanto amamos”, declara emocionado ao ver que a participação de jovens aumentou.
Segundo o supervisor de Artes e Cultura, Eufraudísio Modesto, as expectativas foram superadas. “Este ano tivemos a participação acima da média. Estiveram presentes companhias da zona Leste de São Paulo, Minas Gerais, Caieiras, Jarinu, Campinas e várias outras da região. O mesmo aconteceu no sábado no Encontro de Violeiros. Os dois dias tiveram uma expectativa de público superior a 2.500 pessoas”, comemora.
Um desfile de moda caipira
CRISTIANO CARVALHO E RAFAEL ESTARÃO TAMBÉM NA ORQUIVÁRZEA
O público aqueceu o corpo com vinho quente, quentão e comidas típicas disponíveis nas barracas do evento e além de relembrar e cantar junto clássicos da música de raiz, conferiu belíssimas modas de autoria dos artistas, entre elas uma que conta o caso verídico de um jovem que se envolve com as drogas, sucesso nas vozes de ‘Os Canhoteiros do Brasil’, trio de Várzea Paulista que promove a cultura de raiz pelo Brasil. Um dos versos desta moda diz: “a droga é um caso sério, ou manda para a cadeia ou pára no cemitério”.
Outra história que comoveu os presentes foi “Mala Amarela”, que já é sucesso da dupla ‘Cristiano Carvalho e Rafael’. A moda conta a história do filho que parte de casa levando a mala do avô herdada pelo pai e volta sem a mesma, recebendo o desfecho emocionante em “A volta da Mala Amarela’, gravada no disco mais recente da dupla. Outro ponto alto do show de Cristiano Carvalho e Rafael, além de grandes clássicos da música caipira, foi a interpretação única que deram para ‘Cio da Terra’, de Chico Buarque e Milton Nascimento, e à jóia do folclore popular ‘Cuitelinho’. O público aplaudiu ainda ‘Refeição da Terra’, uma lindíssima moda de viola de autoria de ‘Cidinho’, que mostra o valor da terra, registrada em disco desta excelente dupla da música caipira.
A afinadíssima dupla, Renato e Renan, grande incentivadora para que a prefeitura promovesse este evento há seis anos, mostrou um repertório cheio de relíquias da moda de viola, entre elas ‘Alma Transparente’, sucesso nas vozes de Chico Rei e Paraná. A musicalidade da cultura de raiz tomou conta do encontro ainda com: Júlio e José; Peão Rochedo e Alaor; Duo Raio de Luar; Peão Mineiro e Diamantino; Buana Jhony; Éder e Lazinho; Dário e Dorival; Ribeiro e Ribeirinho e Heitor Viola e João Seresta. O público apreciou clássicos sertanejos, dos mais renomados artistas do gênero, entre eles: Tião Carreiro e Pardinho; Abel e Caim; Tonico e Tinoco; João Paulo e Daniel; Cacique e Carreirinho; Leo Canhoto e Robertinho; Alexandre e Ataíde e Teodoro e Sampaio.
A encenação do folclórico sagrado
Cerca de duas mil pessoas viajaram no tempo e no espaço da Fé e da alegria, silenciando e aperfeiçoando as atenções para este encantador ritual sagrado que reuniu 11 Companhias de Folias de Reis. A programação começou às 8h30 com a Missa Caipira Campal, celebrada pelo Padre Tom da Catedral Nossa Senhora do Desterro, que contou com a apresentação musical da Orquestra de Violeiros Flor da Várzea. Participaram do Encontro, além da anfitriã ‘Luz Divina’, as Companhias de Folia de Reis: Os visitantes de Belém; Caminho de Belém; Os Três Reis do Oriente; Centenário de Potirendara; Vóz do Oriente; Estrela Guia; Ases do Brasil; Filhos de Belém; Grupo Folclórico Campinense e São José Operário.
Público afinado com os eventos
O evento atraiu público de várias cidades da região, entre eles, José Soares de Oliveira, que veio de Caieiras com a esposa, Estelita, para prestigiar o evento. “Apreciamos muito uma boa moda de viola e é isso que estamos vendo aqui hoje. Os organizadores estão de parabéns. Está aprovado. Voltaremos todos os anos”, prometeu Oliveira.
A comerciante, Iracema Lopes, do Jardim Primavera, disse que o evento serve para distrair e reviver uma cultura que vem se perdendo no Brasil. “A verdadeira música sertaneja está morrendo. É muito importante que a Prefeitura promova este tipo de evento. Ao ouvir estas músicas esquecemos um pouco dos nossos dias corridos”, conta.
O casal, Delfina Rodrigues e Joel Pomaceno, assistiram às apresentações nos anos passados. Contam que elas trazem lembranças da infância e da adolescência. “É muito bonito ver que alguém ainda valoriza essas pequenas coisas que para nós significa muito”, diz Delfina. Para seu marido Joel, os atos representados o ajudam a matar a saudade de suas raízes. “Não perco essas festas por nada, eu adoro, sou muito saudosista e me orgulho de onde vim”, declara Joel.
Maria da Luz Alves prestigia o encontro das companhias desde sua primeira edição como forma de devoção ao Menino Jesus. Nem a cirurgia que debilitou seus movimentos a impediu de dançar com um dos foliões. “Sempre participei, não é por causa de um problema que eu ficaria em casa este ano”, diz dona Maria mensurando tamanho carinho que tem pela festa.
Izabel Cristina Pantalhão, há sete anos toca caixa na Companhia de Folia de Reis ‘Filhos de Belém’, de Jundiaí. Ela afirma ter enorme satisfação em participar de festas como esta. “É dessa forma que a população mantém viva a tradição folclórica e caipira do país. Podemos resgatar lembranças nas pessoas mais vividas e mostrar para o público mais jovem a cultura do folclore para que ela não morra”, alerta Izabel.
Autoridades comprometidas com a cultura popular
Para o prefeito Eduardo Tadeu Pereira, a parceria entre o Governo Municipal e os grupos de cultura popular do município foi bem sucedida. “Nosso objetivo era resgatar as manifestações culturais da nossa cidade e preservá-las, para que elas não se percam com o tempo. Esse evento, cheio de pessoas de Várzea Paulista e de outras cidades da região e Estados, é a prova de que obtivemos sucesso nessa missão e que esses movimentos continuarão vivos”, avalia. Eduardo, que acompanhou toda a missa de domingo (17), presenteou o Padre Tom da Catedral Nossa Senhora do Desterro, com o livro ‘Várzea Paulista, das Ferrovias às Orquídeas’.
Filho da “Cidade dos Três Reis Magos”
Dirce Reis é o nome de uma pequena cidade paulista, que marca sua identidade cultural como ‘A Cidade da Folia de Reis’. A história conta que no passado a moradora ‘Dirce’ foi atendida em uma promessa aos três Reis Magos, livrando-se de um mal, fato que deu nome ao município. É filho desta cidade o professor Luciano Braz Marques, secretário de Educação, Cultura, Esporte e Lazer da prefeitura de Várzea Paulista.
Trazendo, portanto, em sua essência os costumes e culturas da tradição popular do interior paulista, o secretário enfatiza a importância da promoção do evento, lembrando que além da cultura, a festa resgata o valor dos sentimentos do passado, de histórias, dos encontros em família, das festas populares. “É isso que sinto cada vez que participo destes eventos. Entre os mais de cem mil habitantes de Várzea Paulista há migrantes que cultuam os Santo Reis e que também trazem a cultura da música de raiz. Para ajudá-los a preservá-las a prefeitura apóia esta iniciativa da população”, esclarece.
Comentários
Postar um comentário