Jovens e adultos lotaram a biblioteca na noite da sexta-feira (16) para participar de uma “mesa redonda” com autores e convidados que ajudaram a contar a história da cidade em livro.
A memória e a história de Várzea Paulista estão registradas em livro e compartilhar este rico trabalho de pesquisas com a população é essencial, principalmente, no mês de aniversário da cidade, que celebrou 47 anos de emancipação político-administrativa no dia 21. O encontro entre os autores e a população aconteceu na noite da sexta-feira (16) na Biblioteca Municipal.
Com objetivo de fazer análises e reflexões sobre o livro ‘Várzea Paulista da ferrovia às orquídeas’, o evento reuniu as várias vozes e mãos envolvidas na produção desta grande obra que conta a história da cidade em prosa, versos e cordéis, para um bate-papo descontraído com o público.
O vice-prefeito Lula Raniero prestigiou o evento e lembrou que Várzea Paulista é uma cidade nova e que sua história ainda está começando a ser construída. “A diferença de uma obra escrita por várias mãos é que cada morador, a cada dia, escreve a história da cidade. Este livro é o começo desta história, que continuará sendo construída e contada por cada pessoa que está aqui”, avaliou Lula, complementando que as experiências de cada um formarão as histórias de outros livros.
Entre os personagens que contribuíram com a construção do livro está o antigo morador de Várzea Paulista, Alcides Graciano, que deu voz às suas memórias e relatou um pouco do que viu e viveu na cidade. “Quando aqui cheguei, por volta de 1968, trabalhei de forneiro na olaria dos Favaro e com os anos consegui parcelar meio lote de terreno no Jardim Buriti”, contou o catireiro Graciano, que em resposta ao trabalho comunitário nas áreas do esporte e da cultura popular, foi convidado a participar das eleições de 1976 e foi eleito vereador. “Nesta época (1976), a cidade tinha 12 mil habitantes. Quando terminei o mandato, em 1982, já eram 30 mil habitantes”, lembrou Graciano, que hoje está com 70 anos de idade e participa ativamente da vida cultural de Várzea Paulista.
O jovem poeta e músico Vinícius Rocha Camargo, presenteou o livro com poemas inspirados e dedicados à cidade. “Nos quereres de bem dizer; Nos dizeres de bem querer; Nosso tempo faz o viver; Aconteça o que acontecer”; declamou Vinícius a primeira estrofe do seu poema ‘Quereres e Saberes’, acrescentando à homenagem: “O povo faz a cidade com gestos e mãos, trilhas, terras, estradas, sonhos e construção”.
Integrante do Conselho Municipal de Cultura de Várzea Paulista desde sua implantação há seis anos, Getúlio Canuto foi também convidado a participar do livro e expressou sua visão sobre a obra. “O livro fala das pessoas que chegaram em Várzea Paulista e viram a cidade se transformar. Fala da essência e da visão de cada pessoa que escolheu a cidade para viver”, avalia Canuto.
Outro integrante que contribuiu na discussão, na organização e ofereceu material do próprio morador e trabalhador da cidade para formar o conteúdo do livro, foi o poeta Manoel Brito Magno, que também faz parte do Conselho Municipal de Cultura. O seu poema ‘Linda Cidade’ começa dizendo: “Várzea Paulista; Tão gloriosa assim; Sua brilhante cultura está dentro de mim”. Utilizando a linguagem poética, Manoel fez um chamamento: “Juntos é que construiremos os ‘marcos vivos’ e indeléveis de altos ideais”.
Uma das “vozes” femininas do livro é Dionete Pupo Antunes, que coordena um trabalho importante à frente do grupo da terceira idade ‘Bem Viver’ em Várzea Paulista. Há quase 35 anos morando na cidade, Dionete lembra em seu depoimento que o centro de Várzea Paulista, já na década de 1970, tinha muito movimento de viajantes chegando na estação de trem. “Chegava muita gente de fora procurando lugar para morar e por aqui iam se instalando. Com o crescimento da população o comércio também cresceu e foi se estendendo para o sentido de Jundiaí”, conta Dionete, completanto: “pois nesse lado da cidade havia apenas matagal”, lembra.
A bibliotecária da Biblioteca Pública de Várzea Paulista, Marli Zoratto dos Santos - uma das colaboradoras do livro - disse que costuma observar às pessoas que vão pesquisar o livro, que se trata de uma obra com voz e alma.
A moradora da Vila Real, Maria Verônica (27), prestigiou o evento juntamente com outros alunos do EJA da escola João Aprilanti e saiu maravilhada com as histórias, os causos, os poemas e as canções interpretadas pelo cancioneiro Eufraudísio Modesto Filho, um dos autores do livro. “Fazem apenas cinco anos que mudei para Várzea Paulista e jamais imaginei que a cidade tivesse uma história, uma cultura tão maravilhosa. Estou saindo daqui com outro sentimento sobre Várzea: um sentimento de valorização a sua história e ao seu desenvolvimento” revelou Verônica.
‘Uma história feita e contada a partir de várias vozes’
Este é o subtítulo do livro ‘Várzea Paulista da ferrovia às orquídeas’. Além dos organizadores da obra, Dulcinéia de Fátima Ferreira Pereira, Eufraudísio Modesto Filho, Gesse Silva de Araújo e das fotografias de Genésio Filho, um grande movimento de criação impulsionou a produção do livro, entre eles: Padre Arno Boesing; Alcides Graciano; Ana Maria de Campos; Deuzimar dos Santos; Dionete Pupo Antunes; Edilaine Rodrigues de Aguiar Martins; Getúlio Canuto Vieira; Gilmar Santos; João Alves de Araújo; Luiz Henrique Rodrigues; Manoel Brito Magno; Marli Zoratto dos Santos; Oswaldo da Silva; Vinícius Rocha Camargo e Rubens Aparecido Bitencourt, responsável pela pesquisa iconográfica. O livro teve apoio cultural da empresa KSB, por meio da Lei de Incentivo à Cultura, do governo federal.
STOCK DE FOTOS *fotos de Eder Junior
JOVENS FORAM SORTEADOS COM A PUBLICAÇÃO
A memória e a história de Várzea Paulista estão registradas em livro e compartilhar este rico trabalho de pesquisas com a população é essencial, principalmente, no mês de aniversário da cidade, que celebrou 47 anos de emancipação político-administrativa no dia 21. O encontro entre os autores e a população aconteceu na noite da sexta-feira (16) na Biblioteca Municipal.
Com objetivo de fazer análises e reflexões sobre o livro ‘Várzea Paulista da ferrovia às orquídeas’, o evento reuniu as várias vozes e mãos envolvidas na produção desta grande obra que conta a história da cidade em prosa, versos e cordéis, para um bate-papo descontraído com o público.
O vice-prefeito Lula Raniero prestigiou o evento e lembrou que Várzea Paulista é uma cidade nova e que sua história ainda está começando a ser construída. “A diferença de uma obra escrita por várias mãos é que cada morador, a cada dia, escreve a história da cidade. Este livro é o começo desta história, que continuará sendo construída e contada por cada pessoa que está aqui”, avaliou Lula, complementando que as experiências de cada um formarão as histórias de outros livros.
Entre os personagens que contribuíram com a construção do livro está o antigo morador de Várzea Paulista, Alcides Graciano, que deu voz às suas memórias e relatou um pouco do que viu e viveu na cidade. “Quando aqui cheguei, por volta de 1968, trabalhei de forneiro na olaria dos Favaro e com os anos consegui parcelar meio lote de terreno no Jardim Buriti”, contou o catireiro Graciano, que em resposta ao trabalho comunitário nas áreas do esporte e da cultura popular, foi convidado a participar das eleições de 1976 e foi eleito vereador. “Nesta época (1976), a cidade tinha 12 mil habitantes. Quando terminei o mandato, em 1982, já eram 30 mil habitantes”, lembrou Graciano, que hoje está com 70 anos de idade e participa ativamente da vida cultural de Várzea Paulista.
O jovem poeta e músico Vinícius Rocha Camargo, presenteou o livro com poemas inspirados e dedicados à cidade. “Nos quereres de bem dizer; Nos dizeres de bem querer; Nosso tempo faz o viver; Aconteça o que acontecer”; declamou Vinícius a primeira estrofe do seu poema ‘Quereres e Saberes’, acrescentando à homenagem: “O povo faz a cidade com gestos e mãos, trilhas, terras, estradas, sonhos e construção”.
Integrante do Conselho Municipal de Cultura de Várzea Paulista desde sua implantação há seis anos, Getúlio Canuto foi também convidado a participar do livro e expressou sua visão sobre a obra. “O livro fala das pessoas que chegaram em Várzea Paulista e viram a cidade se transformar. Fala da essência e da visão de cada pessoa que escolheu a cidade para viver”, avalia Canuto.
Outro integrante que contribuiu na discussão, na organização e ofereceu material do próprio morador e trabalhador da cidade para formar o conteúdo do livro, foi o poeta Manoel Brito Magno, que também faz parte do Conselho Municipal de Cultura. O seu poema ‘Linda Cidade’ começa dizendo: “Várzea Paulista; Tão gloriosa assim; Sua brilhante cultura está dentro de mim”. Utilizando a linguagem poética, Manoel fez um chamamento: “Juntos é que construiremos os ‘marcos vivos’ e indeléveis de altos ideais”.
Uma das “vozes” femininas do livro é Dionete Pupo Antunes, que coordena um trabalho importante à frente do grupo da terceira idade ‘Bem Viver’ em Várzea Paulista. Há quase 35 anos morando na cidade, Dionete lembra em seu depoimento que o centro de Várzea Paulista, já na década de 1970, tinha muito movimento de viajantes chegando na estação de trem. “Chegava muita gente de fora procurando lugar para morar e por aqui iam se instalando. Com o crescimento da população o comércio também cresceu e foi se estendendo para o sentido de Jundiaí”, conta Dionete, completanto: “pois nesse lado da cidade havia apenas matagal”, lembra.
A bibliotecária da Biblioteca Pública de Várzea Paulista, Marli Zoratto dos Santos - uma das colaboradoras do livro - disse que costuma observar às pessoas que vão pesquisar o livro, que se trata de uma obra com voz e alma.
A moradora da Vila Real, Maria Verônica (27), prestigiou o evento juntamente com outros alunos do EJA da escola João Aprilanti e saiu maravilhada com as histórias, os causos, os poemas e as canções interpretadas pelo cancioneiro Eufraudísio Modesto Filho, um dos autores do livro. “Fazem apenas cinco anos que mudei para Várzea Paulista e jamais imaginei que a cidade tivesse uma história, uma cultura tão maravilhosa. Estou saindo daqui com outro sentimento sobre Várzea: um sentimento de valorização a sua história e ao seu desenvolvimento” revelou Verônica.
‘Uma história feita e contada a partir de várias vozes’
Este é o subtítulo do livro ‘Várzea Paulista da ferrovia às orquídeas’. Além dos organizadores da obra, Dulcinéia de Fátima Ferreira Pereira, Eufraudísio Modesto Filho, Gesse Silva de Araújo e das fotografias de Genésio Filho, um grande movimento de criação impulsionou a produção do livro, entre eles: Padre Arno Boesing; Alcides Graciano; Ana Maria de Campos; Deuzimar dos Santos; Dionete Pupo Antunes; Edilaine Rodrigues de Aguiar Martins; Getúlio Canuto Vieira; Gilmar Santos; João Alves de Araújo; Luiz Henrique Rodrigues; Manoel Brito Magno; Marli Zoratto dos Santos; Oswaldo da Silva; Vinícius Rocha Camargo e Rubens Aparecido Bitencourt, responsável pela pesquisa iconográfica. O livro teve apoio cultural da empresa KSB, por meio da Lei de Incentivo à Cultura, do governo federal.
STOCK DE FOTOS *fotos de Eder Junior
JOVENS FORAM SORTEADOS COM A PUBLICAÇÃO
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