Hoje cedo, ao sentar no sofá para calçar meu sapato, a coleção de cd’s de Chico Buarque exposta em meu rack, mais uma vez, chamou-me a atenção. Aleatoriamente, peguei um para escutar no carro a caminho do trabalho. Ao parar no bar para tomar um café e comprar o parceiro ‘free box azul’, encontrei um amigo que não via a uns dois anos, que pediu carona até determinado ponto de meu trajeto.
Enquanto o amigo me contava a história do proprietário da casa onde ele é inquilino, tocava a música ‘Gota d’água’. O amigo reclamava da forma abusiva com que este homem trata as pessoas que locam suas pequenas casas, cobrando juros totalmente fora do mercado e ameaçando cruelmente àqueles que atrasam o aluguel. O amigo apresentava-se indignado com tal situação e disse que estava pensando em estimular os vizinhos a reclamarem conjuntamente do explorador na justiça. Neste momento, comentei com ele que a música de Chico Buarque que escutávamos fazia parte da peça Gota d’água de Chico Buarque e Paulo Pontes, que foi encenada pela primeira vez na década militar dos anos de 1970 e que, coincidentemente, a obra foca esta situação em seu rico texto.
O amigo, que não conhecia a peça, interessou-se pelo enredo, motivando-me a relembrar e falar-lhe sobre o clássico teatral brasileiro. Quando mencionei a personagem Joana, mulher do povo que largou o velho marido para morar em um popular conjunto habitacional com o sambista Jasão - que faz sucesso no rádio com a canção ‘Gota d’agua’ e que seu ex-marido (Creonte) tornou-se proprietário de todos os prédios do conjunto habitacional, passando a explorar todos os moradores, veio o meu espanto pela casualidade: o amigo me diz que sua companheira é ex-mulher do tal homem explorador e que cria os filhos dela com este homem. E para completar o amigo que trabalha como vendedor é também músico.
A peça Gota d’água foi inspirada na tragédia grega ‘Medéia’ e podemos perceber que sua trama continua alinhada na contemporaneidade, onde muitas situações se assemelham à gota d’água dos aflitos.
Enquanto o amigo me contava a história do proprietário da casa onde ele é inquilino, tocava a música ‘Gota d’água’. O amigo reclamava da forma abusiva com que este homem trata as pessoas que locam suas pequenas casas, cobrando juros totalmente fora do mercado e ameaçando cruelmente àqueles que atrasam o aluguel. O amigo apresentava-se indignado com tal situação e disse que estava pensando em estimular os vizinhos a reclamarem conjuntamente do explorador na justiça. Neste momento, comentei com ele que a música de Chico Buarque que escutávamos fazia parte da peça Gota d’água de Chico Buarque e Paulo Pontes, que foi encenada pela primeira vez na década militar dos anos de 1970 e que, coincidentemente, a obra foca esta situação em seu rico texto.
O amigo, que não conhecia a peça, interessou-se pelo enredo, motivando-me a relembrar e falar-lhe sobre o clássico teatral brasileiro. Quando mencionei a personagem Joana, mulher do povo que largou o velho marido para morar em um popular conjunto habitacional com o sambista Jasão - que faz sucesso no rádio com a canção ‘Gota d’agua’ e que seu ex-marido (Creonte) tornou-se proprietário de todos os prédios do conjunto habitacional, passando a explorar todos os moradores, veio o meu espanto pela casualidade: o amigo me diz que sua companheira é ex-mulher do tal homem explorador e que cria os filhos dela com este homem. E para completar o amigo que trabalha como vendedor é também músico.
A peça Gota d’água foi inspirada na tragédia grega ‘Medéia’ e podemos perceber que sua trama continua alinhada na contemporaneidade, onde muitas situações se assemelham à gota d’água dos aflitos.
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