O senador Demóstenes Torres sempre foi crítico dos escândalos de corrupção, tendo sido o redator do prefácio do livro ‘Ficha Limpa: a vitória da sociedade’, editado pela OAB. E agora protagoniza mais um capítulo de suspeita sujeira no país.
O portal do Estadão publicou matéria na noite desta segunda-feira (2), onde há a informação de que “o presidente nacional da ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ophir Cavalcante, pediu no final de semana a renúncia do senador Demóstenes Torres. Mas em 2010 coube ao hoje parlamentar investigado a tarefa de redigir o prefácio de um livro editado pela OAB em comemoração à aprovação da Lei Ficha Limpa”.
De acordo com a matéria, o senador Demóstenes Torres, que está sendo investigado pelo STF por envolvimento com o bicheiro conhecido como Carlinhos Cachoeira, afirma neste texto do livro que “Por causa da nova lei, a nação vai conquistar muito, pois o volume de recursos para beneficiar a população é inversamente proporcional ao número de bandidos abrigados na vida pública".
A publicação do Estadão mostra ainda que Demóstenes cita no prefácio em que escreveu, uma frase dos autores do livro, Ophir Cavalcante e Marcus Vinícius Furtado Coelho, onde fala que os brasileiros não aceitam mais o comportamento inadequado de seus políticos: "A norma se fez realidade por intermédio da atenta participação da sociedade brasileira, que não mais admite que os destinos da nação possam ser geridos por representantes que não possuem conduta adequada à dignidade das relevantes funções públicas".
A assessoria de imprensa da OAB informou à reportagem do Estadão que o livro ‘Ficha Limpa: A vitória da sociedade’ foi editado para comemorar a aprovação da lei e que segundo o presidente nacional da instituição, Ophir Cavalcante, “Aquilo foi feito dentro de um momento em que ele foi o relator do Ficha Limpa no Senado. Ninguém tinha idéia do que estava acontecendo. O que foi feito, foi feito. Não há o que mexer”, disse ao completar: “Nas novas edições, certamente essa questão vai ser observada”, finaliza.
Faça o que eu digo e não o que faço
O senador Demóstenes Torres (DEM-GO), sempre foi um crítico implacável aos escândalos de corrupção no governo e até mesmo aos colegas envolvidos em situações irregulares, como aconteceu em 2007 com o episódio envolvendo Renan Calheiros. Foram muitos os depoimentos acabando com o então presidente do senado, entre eles: “É intolerável sob qualquer critério que o presidente utilize a estrutura funcional do Congresso para cometer crimes”; “A imagem do Senado, hoje, é a de um pau de galinheiro” e “Realmente, os políticos estão perdendo a vergonha na cara”, o que devemos concordar incluindo-o.
Esta sua postura de “homem correto” sempre lhe colocou no grupo de bons políticos, tendo sido relator da CPI do Apagão Aéreo e da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do projeto que resultou na Lei da Ficha Limpa. Quando na CPI do Apagão Aéreo, em 2007, disse: “Uma gangue tomou conta da Infraero" e “Denise Abreu mentiu para a juíza, que foi induzida a dar uma decisão judicial graças a um documento que ou a Anac forjou ou realmente existiu". Em relação às viagens de Lula, em 2005, fez o seguinte comentário: “Aliás, o governo do PT, de uma forma generalizada, descobriu que voar é a grande quimera do poder”.
Quem ouviu ou leu seus pronunciamentos fica estarrecido com as acusações das quais é alvo atualmente, já que se apresentava como exemplo de um político honesto. Costumo dizer que a maioria dos políticos é honesta e que a minoria envolvida em escândalos suja a imagem dos demais. Mas a cada dia, a cada escândalo, vamos percebendo - ou desconfiando - que talvez haja inversão de valores neste pensamento, ou seja: a maioria é envolvida em escândalos e uma minoria é formada por pessoas honestas.
O portal do Estadão publicou matéria na noite desta segunda-feira (2), onde há a informação de que “o presidente nacional da ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ophir Cavalcante, pediu no final de semana a renúncia do senador Demóstenes Torres. Mas em 2010 coube ao hoje parlamentar investigado a tarefa de redigir o prefácio de um livro editado pela OAB em comemoração à aprovação da Lei Ficha Limpa”.
De acordo com a matéria, o senador Demóstenes Torres, que está sendo investigado pelo STF por envolvimento com o bicheiro conhecido como Carlinhos Cachoeira, afirma neste texto do livro que “Por causa da nova lei, a nação vai conquistar muito, pois o volume de recursos para beneficiar a população é inversamente proporcional ao número de bandidos abrigados na vida pública".
A publicação do Estadão mostra ainda que Demóstenes cita no prefácio em que escreveu, uma frase dos autores do livro, Ophir Cavalcante e Marcus Vinícius Furtado Coelho, onde fala que os brasileiros não aceitam mais o comportamento inadequado de seus políticos: "A norma se fez realidade por intermédio da atenta participação da sociedade brasileira, que não mais admite que os destinos da nação possam ser geridos por representantes que não possuem conduta adequada à dignidade das relevantes funções públicas".
A assessoria de imprensa da OAB informou à reportagem do Estadão que o livro ‘Ficha Limpa: A vitória da sociedade’ foi editado para comemorar a aprovação da lei e que segundo o presidente nacional da instituição, Ophir Cavalcante, “Aquilo foi feito dentro de um momento em que ele foi o relator do Ficha Limpa no Senado. Ninguém tinha idéia do que estava acontecendo. O que foi feito, foi feito. Não há o que mexer”, disse ao completar: “Nas novas edições, certamente essa questão vai ser observada”, finaliza.
Faça o que eu digo e não o que faço
O senador Demóstenes Torres (DEM-GO), sempre foi um crítico implacável aos escândalos de corrupção no governo e até mesmo aos colegas envolvidos em situações irregulares, como aconteceu em 2007 com o episódio envolvendo Renan Calheiros. Foram muitos os depoimentos acabando com o então presidente do senado, entre eles: “É intolerável sob qualquer critério que o presidente utilize a estrutura funcional do Congresso para cometer crimes”; “A imagem do Senado, hoje, é a de um pau de galinheiro” e “Realmente, os políticos estão perdendo a vergonha na cara”, o que devemos concordar incluindo-o.
Esta sua postura de “homem correto” sempre lhe colocou no grupo de bons políticos, tendo sido relator da CPI do Apagão Aéreo e da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do projeto que resultou na Lei da Ficha Limpa. Quando na CPI do Apagão Aéreo, em 2007, disse: “Uma gangue tomou conta da Infraero" e “Denise Abreu mentiu para a juíza, que foi induzida a dar uma decisão judicial graças a um documento que ou a Anac forjou ou realmente existiu". Em relação às viagens de Lula, em 2005, fez o seguinte comentário: “Aliás, o governo do PT, de uma forma generalizada, descobriu que voar é a grande quimera do poder”.
Quem ouviu ou leu seus pronunciamentos fica estarrecido com as acusações das quais é alvo atualmente, já que se apresentava como exemplo de um político honesto. Costumo dizer que a maioria dos políticos é honesta e que a minoria envolvida em escândalos suja a imagem dos demais. Mas a cada dia, a cada escândalo, vamos percebendo - ou desconfiando - que talvez haja inversão de valores neste pensamento, ou seja: a maioria é envolvida em escândalos e uma minoria é formada por pessoas honestas.
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