Gabinete que pertencia ao atual presidente do STF e será ocupado por
novo magistrado é o que mais tem processos acumulados; sucessivas licenças
médicas, que chegaram a ser questionadas pelo então presidente Cezar Peluso,
fizeram de Joaquim Barbosa o juiz menos produtivo entre seus pares; Luís
Roberto Barroso tomará posse afogado em volumes parados, entre eles o processo
do chamado mensalão mineiro, que tem como réu o tucano Eduardo Azeredo; gestão
do midiático Barbosa no Supremo não tem plano para dar celeridade aos
julgamentos.
7 DE JUNHO DE 2013 ÀS
03:38
FONTE: BRASIL 247
247 – Uma herança
na forma de 8 mil processos acumulados está sendo deixada ao novo ministro do
STF, Luís Roberto Barroso, pelo atual presidente da corte, Joaquim Barbosa.
Barroso assumirá o gabinete pertencente a Barbosa que tornou-se, com ele como
titular, o menor produtivo da corte. O impressionante acúmulo de volumes não
analisados tem explicação, em parte, pela própria legislaçao brasileira, que
leva ao Supremo o estágio final de milhões de recursos em tribunais inferiores.
Outra parte da
justificativa, no entanto, está na forma de trabalho do próprio Barbosa. Sempre
atento aos holofotes da mídia, ele não se mostrou bom em fazer a lição de casa.
Os processos também se acumularam em razão das diversas licenças médicas que
ele tirou para tratar de um crônico problema de coluna.
O então presidente
do STF Cezar Peluso chegou a questionar as sucessivas ausências de Barbosa, que
irritou-se, numa dessas vezes, ao ser fotografado num dia útil, em Brasília, em
trajes esportivos diante de um copo de chopp. Em outras ocasiões, o atual
presidente do Supremo viajou ao exterior, com passagens pagas pela corte.
Entre vários casos
de repercussão, um em tudo se assemelha à rumorosa Ação Penal 470, que alçou
Barbosa à fama. Trata-se do processo do chamado mensalão mineiro, que tem como
réu o ex-governador tucano Eduardo Azeredo. Como não foi tocado à frente por
Barbosa, esse processo pode levar dezenas de acusados a se beneficiarem da
demora e ganharem a absolvição por decurso de prazo.
Agora, com todo o
folego de um novato, o constitucionalista Barroso vai ter muito o que fazer.
Para Barbosa, ficou o prêmio de, mesmo sem completar a lição de casa – mal
iniciada, na verdade -, ter alcançado o degrau mais alto do STF, pelo sistema
de rodízio.
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