Milton Monti: atualização de valores na Lei das Licitações

A emenda do deputado federal do PR-SP busca corrigir a inflação acumulada em mais de 16 anos, sem qualquer atualização de valores na Lei 8.666/93, que normatiza os processos de licitação pública no país.


O deputado federal Milton Monti (PR-SP) apresentou projeto de lei que propõe alterações nos valores determinantes das modalidades licitatórias utilizadas nas contratações pelo poder público, sem qualquer correção desde a edição da Lei nº 9.648, de 27 de maio de 1998. O parlamentar justifica que há uma desproporção entre os dispêndios inerentes aos procedimentos licitatórios e o valor dos serviços contratados ou produtos adquiridos. “Com os valores desatualizados a administração pública é obrigada a suportar gastos consideráveis com a realização de licitações que deveriam ser dispensadas, ou a realizar licitações de modalidade mais onerosa do que a que seria razoável”, explica Monti.

Com a alteração no artigo 23 da Lei nº 8.666 (Lei das Licitações), de 21 de junho de 1993, as três modalidades ficam com os seguintes valores estipulados para obras e serviços de engenharia: carta convite - até R$ 400 mil; tomada de preços - até R$ 4 milhões e concorrência pública - acima de R$ 4 milhões. Com a atualização as compras e serviços não referidos no inciso anterior, os valores serão: convite - até R$ 210 mil; tomada de preços - até R$ 1.7 mi e concorrência - acima de R$ 1.7 mi.

Segundo cálculo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, a inflação acumulada entre maio de 1998 e março de 2014, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA, foi de 164,63%. “Imperativo, portanto, promover a atualização dos valores estabelecidos pela Lei de Licitações”, defende Milton Monti ao completar: “É justamente esse o escopo desta proposição, a qual proporcionará considerável economia para os cofres públicos”, justifica o autor.

TRÂMITE

Seguindo o trâmite da Câmara dos Deputados, o projeto de lei do deputado Milton Monti encontra-se no momento na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC), onde deu entrada dia 28 de maio de 2014.

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