O rock'n'roll faz parte da
minha vida e neste Dia Mundial do Rock quero ligar a distorção da reflexão. A
data foi originada pelo festival “Live Aid”, realizado em 13 de julho de 1985,
com a participação de bandas e cantores dos Estados Unidos e Inglaterra, para
arrecadação de fundos em favor da campanha contra a fome na Etiópia.
O ato musical referenciou
movimentos do rock em todo o planeta e no Brasil não foi diferente, quando tínhamos
uma cena musical comandada pelas mais diversas vertentes roqueiras, com bandas
surgindo de todos os cantos do país, em especial de Brasília, Porto Alegre, Rio
de Janeiro, São Paulo e Salvador.
A essência do rock brasileiro
está na Bahia e ela tem nome: Raul Seixas; o Raulzito; o Maluco Beleza; o
Messias; o Mito. Raul
Seixas alcançou um status que somente roqueiros ingleses e americanos alcançaram,
ao tornar-se símbolo de um gênero musical no Brasil.
O canceriano sem lar andou pelos
quatro cantos do mundo, mostrando-se contestador sem ser revolucionário. Na época de chumbo do regime militar
brasileiro, Raul Seixas metralhou seu simples e bom rock’n’roll e transgrediu
todos os conceitos e modas, derrubando preconceitos musicais e comportamentais.
Sua figura e sua música eram tão
fortes, tinham tanto em comum, que se fundiram. Respeitado por grandes astros
do rock mundial, nunca esteve no Rock in Rio, no Hollyood Rock. Sua arte é tão
relevante, que no Rock in Rio de 2013, o
cantor e guitarrista norte-americano, Bruce Springsteen, que tinha por tradição
abrir os seus shows da turnê mundial, com músicas de artistas locais que queria
homenagear em cada país, cantou Sociedade Alternativa, com o coro de milhares
de amantes do que há de melhor no roque brasileiro.
Enquanto sua arte
permanece viva e forte na cabeça das pessoas, ultrapassando gerações, muito
pouco é referendado ou referenciado pelas bandas e cantores de rock no Brasil. Até
hoje. Mas não importa. Hoje é o Dia Mundial
do Rock, então: Toca Raul!
Comentários
Postar um comentário